sexta-feira, 13 de julho de 2018

TEMPOS LÍQUIDOS


Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem- Rodrigo Silva


Escassez de encontros...
Seja em lares, fora deles...
Seja dentro do coração, fora dele...
Seja no trabalho, nas amizades...

O ser humano está se habituando com o desamor...
Preparando-se para nada fazer com o respeito ao próximo
Discursando sobre nada nas  teclas de celulares...
Deslumbrando-se com o escuro
de uma alma negra e só...

Escassez de amor...
Afinal, por onde anda o melhor dos sentimentos?
Por onde andam os seres humanos?´
Há relapsos de encontros
Em épocas que ainda havia o olhar no olhar,
A boca respeitosa ao emitir mensagens,
A verdadeira amizade...


Escassez de si mesmo...
Escassez de ser íntegro...
Escassez de ser alguém
Nesse ninguém onde muitos se encontram,
Se olham no espelho
E não se reconhecem humanos...

Tempos líquidos...
Onde o saber se esvai e dá margem ao prazer...
Onde a felicidade se finge feliz
Nas inutilidades vendíveis...
Pobres humanos vendíveis, frios e enganosos...

O pior engano que cometem
É a farsa de si mesmo,
É a desventura de não ser 
Ou ser apenas uma cópia engadona de seu ser!


Feliz sexta-feira, leitores!

Mariângela


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