Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Parece que foi ontem que nos deliciávamos com a água tão amiga e farta...
Mas, os seres humanos, sempre cheios de grandes ganâncias, não pararam mais:
-De adquirir, esbanjando sem pensar que há de se semear para continuar colhendo...
-A vida era mansa, molhada, encharcada não só de água, mas pelo amor que a Terra nos concedia gratuitamente e cotidianamente... Esqueceram de doar amor através dos cuidados diários...
-As atitudes positivas em prol do Planeta foram se distanciando dos seres humanos... E a água olhava triste os incompetentes seres humanos... E foi secando, como se em lágrimas secas, depositasse nos seres humanos suas últimas súplicas... Em vão!
-Todos poderiam surgir como cidadãos comprometidos, amantes de sua Terra, defensores de tudo o que podiam sentir, viver, alegrar-se, desfrutando dos bens da natureza...
- Mas assim não foi feito, assim continuaram vivendo inconsequentemente, desejando obter de tudo um nada que vinha de sua alma!
Tempos de alertas foram lançados: Mas ouvidos não escutavam, olhos não viam, bocas se calavam na "plenitude do nada" que os seres humanos nadavam...
E o nado diário contra o respeito à natureza, desprezando sua essência maior, fez do ser humano uma flor de Lotus inacabada, uma essência consumidora e só:
Só em seu ser, em sua companhia desfigurada de Luz!
E foi roubando de si mesmo, enquanto garantia para si "valores" tão baratos: adquirindo o que não era seu, exagerando no que possuía e deixando tantos com tão pouco ou nada, dilacerando corações, desperdiçando, desperdiçando...
De tanto desperdiçar, roubou seu maior tesouro: a gratuidade da natureza, que trouxe pouco a pouco, sempre através de avisos sutis que deveria mudar, que ainda havia tempo!
Mas, como em tudo na vida, "QUEM AVISA, AMIGO É" - E DE TANTO AVISAR, SECANDO MAIS E MAIS,A ÁGUA TAMBÉM DESISTIU DE AJUDAR :
Estava exausta de tantas súplicas, agora não havia mais tempo: era a vez do ser humano se ajoelhar e implorar a si mesmo que mudanças aconteçam em seu íntimo!
Inventar, multiplicar-se em cuidados e maneira de solucionar o que pouco a pouco foi destruindo...
É, parece que foi ontem que a água e o ser humano eram tão próximos... Mas quem se afastou ? - A água jamais nos deixou... Nós que a deixamos, que a transformamos em uma miga que doa sem pedir nada em troca - e imperdoavelmente nos escorregamos na ignorância do consumismo exagerado e sem gratidão!
Parece que foi ontem que todos nadavam, bebiam água, tomavam seus banhos habituais o tempo que quisessem, mas que desperdiçavam sem pensar no amanhã.
... E o amanhã chegou! Vestido de hoje, repleto de realidade: - O que fazer? AGIR! O que sentir? - A CULPA! O que guardar? : - O remorso, a dor, e a transformação da intimidação da água, prestes a acabar:
TAL QUAL A SUA INTIMIDAÇÃO A NÃO CONSERVÁ-LA!
Pense nisso, leitor, e se possível, feliz sexta feira!
Mariângela
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