Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela
Era uma vez uma casinha feita de fuxicos ... e por essa razão a energia de alguém ali havia sido imprimida...
E a artesã colocou nessa residência o seu grito de socorro ao mundo: fez questão de deixar dentro dela o amor absoluto, o carinho, o aconchego, a sinceridade, o abraço quente e afetuoso, os sorrisos simples e mais divertidos, a família, o respeito, os bons políticos, os professores , mestres do educar humano e social, os poetas mais cheios de Luz, os músicos que guardam em si a estrutura de um Deus em cada nota, os compositores, humildes em sua bela função de trazer a paz e o contentamento, a gratidão de todos que ali residem, as festas luminosas na arte de alegrar sem ofender, sem intoxicar...
Ai, essa casinha... está com certeza no âmago de cada um que hoje sobrevive sem pensar em viver!
como é líquida e passageira a função de viver numa sociedade assim: quase vazia de pessoas que se respeitam e se amam...
Essa casinha dá uma sensação... como se já estivesse vivido ali, mas as portas foram abertas para eu ocupar outros espaços...
E desencantei-me com o mundo, as pessoas, mas ainda assim havia em mim a função de alguém que precisava ser mais forte , não olhar para a casinha do passado e sair em frente, com sua responsabilidade de ser alguém transformadora, por mais difícil que fosse...
Quando olho para ela, consigo entender que fechados numa redoma particular nada somos - que há necessidade sim de compartilharmos o que somos, o que acrescentamos em nós, o que ganhamos, o que perdemos, o que avistamos mais a frente para nosso futuro...
Essa casa de fuxicos está em cada um de nós... uns retornam a ela e se prostram diante da vida a espera que tudo se modifique para si mesmo...
Outros, adquiriram os ensinamentos no interior dessa residência e partiram para o que acreditavam pudessem promover de Luz do lado de fora!
É... a vida é assim: onde há muito conforto, deixamos de nos perceber melhor, e nem enxergamos o outro...
Por isso, quando olho para a casinha de fuxicos sei que foi lá que um dia me formei mais humanamente e tive que experimentar outros domicílios que me deram a sensação que para se continuar a caminhar, nunca se deve parar!
É a casinha dos sonhos que traz aquela sensação de que se é muito valioso para se deixar morrem estagnação...
Nessa residência tem você, eu, todos nós!
Que saibamos que nela já moramos, mas que há tantas outras moradas para sermos hóspedes do bem viver!
Feliz segunda-feira, leitores!
Mariângela
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