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Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela
Por que me abandona , outras vezes lateja tanto em mim?
Por que sinto-a tão perto de mim se a distância é a légua exata da saudade?
Por que tantas vezes, calada, falo mais quando está perto de mim?
Ah... inspiração que é a estrada mais presente em mim...
Por que insiste em maltratar-me quando desejo expor o que sinto
E nenhum verso sai no teclado que insiste em olhar pra mim?
Ah... como o coração diz no momento ausente...
Como seu compasso é incerto e insiste em dizer...
Por que sentir tanto a vontade de escrever
Quando a mente está vazia e o coração tão repleto?
Ah... talvez pelo fato de não poder demonstrar em fala
O silêncio que grita por dizer...
Por que inspiração, teima a me perseguir
Mandando em mim como ninguém nunca o fez
Revirando meu ser do lado avesso?
Ah... talvez seja eu, a única culpada:
A sentir prazer em recebê-la:
Em qualquer tempo, a qualquer hora
Pra cumprir em mim a eternidade
De sempre sempre estar presente:
Mesmo na falta tão incoerente!
Inspiração, inspiração...
Não brinque comigo, tenho seriedade e pressa
De viver vários momentos, mas só um, há de se exaltar:
O amor sincero que tende a nunca findar...
Pois na vida, enquanto sentir bater
Esse meu coração tão fiel ao amor,
Jamais desistirei de escrever
E sobrevoar meus céus, seu céu e esse luar:
Que brilha, as vezes desigual:
Mas que tem a lua como a mais perfeita poesia:
A de escrever, com a mente nas nuvens
E o pensamento em você!
Boa noite, leitores!
Mariângela
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