Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangel09@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela
Tela artística do pintor Aldair Anderson, pintado com a boca.
Tanto pra dizer, tanto pra se olhar
Que vira paranoia de um momento que nunca será pra ficar...
Tanto pra expressar, pouco pra se mostrar
Que a imaginação pode até voar...
Tanto para amar tudo pra nem começar
Que o tempo vira piada nesse cantar!
Se o tempo se foi e se vai devagar
Nada podemos esperar...
Quem sabe um riso. tímido
No canto da boca que nada falou, que nada beijou...
Mas que desejou e assim hesitou...
Que nada, bobagem demais
Esperar pouco ou mais
Se tudo se acaba , pois tudo começa
E nessa estrada o tempo é de quem
Não liga pra nada
E deixa fluir sem nada pretender...
Ah, se eu fosse assim!
Também seria feliz num tanto perfeito
Que poderia deixarfluir
Sem medo, sem culpa, somente fluir
Num tanto profundo, ou raso, absurdo
Mas podendo existir!
Mas se não sou assim
Meu tanto é pouco...
Nem deveria existir!
No solo do tempo,
Curtida e só,
Descalça caminho em meu tanto ausente
No tanto que é nada...
Mas qual, tão presente!
Feliz noite de sexta-feira, leitores!
Mariângela
Nenhum comentário:
Postar um comentário