quinta-feira, 24 de julho de 2014

QUEM SABE...


Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br


Quem sabe um dia possamos entender que não somos eternos aqui nessa vida superficial?
Quem sabe possamos passar pela morte de um ente querido como um momento que se foi e que novamente poderemos viver em outra época...
Quem sabe a vida pudesse ser uma desmembramento de verdades internas, a ponto de embarcarmos de estação a estação com naturalidade?
Mas dói profundamente a partida de alguém que amamos e é preciso estender o que não percebemos com as práticas do viver verdadeiro...
Quem sabe? Mas com certeza sinto e vejo com a alma que está tão próximo a mim que esse sentimento de amor nunca terminará...
Quem sabe mais um pouco, mais uns meses, mais alguns anos, mais experiência de vida possa levar-me até você num suspiro meditativo, na inclinação da paz interior, num ar calmo que agita sem balançar - mas provoca a volta de sua presença...
Quem sabe eu saiba e não queira dizer?
Quem sabe sabemos e nos esquecemos por um tempo... Sabedores de nosso reencontro em algum momento...
Assim, festejarei meus dias mesmo sem ter você por perto... Como um palhaço canta e brinca com toda a tristeza de sua existência...
Sorrirei, para que descanse feliz também - partiremos a cada amanhecer e só acordaremos quando no infinito nos encontrarmos novamente...
Quem sabe?