domingo, 17 de fevereiro de 2019

MAIS QUE MEUS OLHOS ENXERGAM


Por- Mariângela de L. Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela

Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
A água, o fogo, tem levado de nós os erros que vivemos a fazer...
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
A farsa, família, poesia discrepante dos retalhos dos "eus"!
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
O luto, o choro, a crença, um Deus:
Os homens que sabem e não desejam sentir: - Seu Deus, está em você!
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
A luta de mim, de todos, do nada em nada!
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
Você, o silêncio, o medo, o desamor, doendo em nós!
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
Que o nada, dispara, solenemente... na sociedade ausente!
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
A luta, dispersa, perdida, sumida, nua e crua!
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
Que amar é mentira, é nada, sabatina todo dia...
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
Que loucos, vivemos, achando vida nos túmulos do eu...
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
quem trai, se adverte, se entrega ao nada, inerte...
Mais que meus olhos enxergam, meu coração vê:
Que a alma abandona, o corpo sem mente
E que todo dia, acredita e mente: - QUE MENTE? 
- A que mente!
Mais que meus olhos  enxergam, meu coração vê:
As lutas, constantes, abusam de nós...
E entramos na dança dos vícios dominantes:
As drogas que nos regem no dia a dia dos fortes:
Mais que meus olhos enxergam, minha alma vê:
Que há tristezas profundas no fundo mar
De quem habita em si mesmo e não se deixa dobrar
Pelo vai e vem impune de ser nada na vida
E ver tudo passar em cada dia,
Na maior despedida...
Mais que meus olhos enxergam, minha alma vê:
Meu ser refletido, em mim, em você:
- Cadê todo mundo que se julga gente?
- Cadê tal amor que todos cantam?
Cadê eu e você?
Cadê o respeito de tudo que fomos?
- Cadê intimidade, o belo, o fogo?
Cadê sua alma?
- A minha está aqui, sem necessidade nenhuma de aparecer...
Pois paro, penso, reflito e insisto:
A mim, ninguém compra, pois tenho meu respeito!
Pois...
Mais que meus olhos enxergam, minha alma vê, questiona:
- Será que estou ficando doida  ou parte  do mundo morreu?
Será que estou ficando doida vendo os loucos se entregando
A esse nada que dizem ser viver?
Será que estou ficando doida pelo muito que fabricam
E sobra tão pouco de si?
Ah, não quero ser todo mundo,
Nem melhor do que ninguém:
Quero ser sempre desejo profundo
De tentar ser melhor, a cada acordar, 
A cada dormir...
Com travesseiro consciente, que mesmo que aflito,
Me faz convencer no pesadelo da vida
- Não, não quero ser qual você!
Pois  mais que meus olhos enxergam,
Minha alma dia aflita:
- Se a maioria se deixa ir,
Prefiro só, o meu coração a bater:
Tum, tum, agora mesclado a alma,
O bronze do meu viver
Reforça em mim o meu ser:
De estar, de crer em mim, em Deus,
E seguir no saber!


Feliz domingo, leitores!

Mariângela

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

DESABROCHAR DE LUZES


Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem - Rosa Luciano Meireles



Luzes que fazem da vida algo que se transpassa com outro tempo...
Marcas do que foi, do que é e do que será: esse é o paralelo do viver!
Essa é a constância da vida, o refazer do tempo, a dinâmica do estar!
A medida que  nos aprimoramos como ser humano, podemos ser algo a mais, e os encontros conosco mesmos se tornam mais fortes, mais repletos de realidade.
Com o tempo, pouco somos - quando descobrimos mais...
Muito temos de experiência, quando pouco tempo nos resta...
Muito há para aprender - quando o nada nos esvazia...
Pouco resta para esperar - quando acendemos a chama de nossos deveres...
Muito fazemos - quando na realidade,  ainda é pouco demais...
Nesse intercâmbio de buscas, vamos nos acrescendo  na espiritualidade, causando em nós sensações diferentes, descobertas ligeiras e inesperadas: esse é o caminho  do prosseguir!
São as luzes de vidas que acompanham-nos para sermos livres de nós mesmos!


Boa noite, queridos leitores!

Mariângela 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

CIRANDA DA VIDA

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Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela


VIDA QUE SEGUE A RODAR...
UMA CIRANDA SOLTA NO AR:
A LEVAR, A ARRUMAR, A TRAZER, DEPOIS PERDER
E ASSIM, DE MODO MELHOR, REVIVER!


VIDA QUE SEGUE A RODAR...
É NESSA CIRANDA QUE PASSAM TODOS VOCÊS:
QUERENDO, OU NÃO, SÃO TODOS ASSIM:
DE MÃOS DADAS, A GIRAR SEM FIM!

CIRANDA, CIRANDINHA,
VAMOS TODOS CIRANDAR
POIS É DANDO MEIA VOLTA
QUE SEGUIMOS E VOLTAMOS
PRA APRENDER VIVENCIAR...


CIRANDA VIDA, JAMAIS ESQUECIDA:
QUEM É VOCÊ, QUE DERRAMA SEUS SONHOS
EM CORAÇÕES DEVANEIOS,
PRA TIRÁ-LOS UM DIA,
DE PEITOS TÃO REPLETOS DE SENTIMENTOS?

CIRANDA, CIRANDINHA,
VAMOS TODOS CIRANDAR...
E MOSTRAR PRA TODA GENTE 
QUE O AMOR QUANDO SE VAI
SEMPRE TEM OUTRO A ESPERAR!

VIDA QUE SEGUE A RODAR...
UMA CIRANDA SOLTA NO AR:
PRA EMOCIONAR, FAZER CANTAR,
RIR OU CHORAR,
MAS SEMPRE EMOCIONAR!


FELIZ NOITE DE SEGUNDA-FEIRA, LEITORES!

Mariângela

domingo, 3 de fevereiro de 2019

AQUELE LIVRO



Imagem- https://www.sunoresearch.com.br/artigos/qual-livro-mudou-minha-vida/

Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br

  Foram muitos anos, horas, minutos, segundos, instantes, que eu era aquele livro: que estava ali, torcendo para que você o abrisse e desse aquela lida, que pensasse ser "rapidinho", mas que de um momento para outro se apaixonaria por ele, virando um livro de cabeceira, daqueles que se pode consultar todos os dias, que sempre há uma resposta para si mesmo, ou então uma aprendizagem constante...
Mas qual! Você nunca se interessou...
Eu era aquele livro, que de tanto possuir parágrafos e mais parágrafos, desejava que descobrisse minhas entre linhas... Mas como, se nunca viu direito nem minha capa?
Ah, -mas a esperança é a última que morre!, pensava eu, humildemente recolhido em meus textos,,, E você continuava ali, do mesmo jeito: sem interesse, somente  "passando a vida"!
Eu era aquele livro, que vez em quando, dava aquela repaginada em mim mesmo, procurando tirar aquela poeira , geralmente dos livros que ficam esquecidos na estante... Mas qual... Estava sempre empoeirado com sua indiferença... Mas persistia, ia no embalo : "levanta, sacode a poeira e dá volta por cima!"
Eu era aquele livro que contava histórias para todos: desde o mais belo romance, que alimentava os corações, até aquele livro que frescava a alma de tanta gente com sua alto ajuda... Mas jamais olhava pra mim mesmo, no sentido de contar uma história pra mim mesmo e iniciar um outro livro: mais feliz, corajoso, insistente no acreditar no melhor, continuava ali, jogado em qualquer repartição da estante, dependendo do estado de humor de seu olhar.
Eu era aquele livro que vez em quando, gostaria de dar um fim naquilo tudo, acabar com aquela morada constrangedora daquela estante e me mudar para uma estante, onde pudesse ser descoberto!
Mas eu desistia! Muitas e muitas vezes... sempre pensando que na hora certa, saberia mudar-me daquela estante no melhor instante!
E um dia, esse instante bateu em mim, jogado a escanteio na estante! E despertei! E resolvi tirar toda aquela poeira de mim mesmo, pra que nunca eu me sentisse dessa forma!
Ocupei-me de deixar todas aquelas páginas de mim em perfeito estado, para que um dia, pudesse proporcionar ao desprezante leitor, minha essência!
E um outro capítulo surgiu, e um novo livro surgiu! Ainda estou na primeira página, por isso não há olhares de interesse em ler-me!
Mas esse livro, com certeza será um grande livro! De grande sucesso: não o sucesso de vendas, de flashes, de reportagens, etc... mas um reconhecimento de mim mesmo!
Pois é, um dia fui aquele livro: que desabrochei-me através de uma grande dor!
Um dia, fui esse livro: o que não sou hoje, pois sou o resultado de todas as dores escritas nele e posso ser melhor, modificando a mim mesmo, pois conforme  Sócrates bem expressou: A vida não examinada não vale a pena ser vivida.
E hoje, quero recordar aquele livro como um santo remédio para evitar mais tédio, mais desprezo, mais dor, mais desamor....
Por isso optei por ser um outro livro: que será sempre incompleto, pois assim há muito o que sempre  completar...
Sim, eu era aquele livro sem nenhum olhar... eu era, mas um dia, quando ler-me, descobrirá a essência de meu ser!
Eu era aquele livro... Ah, eu ERA!



Feliz Domingo, leitores!

Mariângela



sábado, 2 de fevereiro de 2019

SUA PROTEÇÃO


Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela




... E desde que sentimos nossa vida mais triste que feliz, há de se mudar: mudar a maneira de pensar, de buscar novos horizontes,,,
Sentir que há em nós muita força que é deixada em nós desde nossa concepção, e é preciso acreditar nisso!
Observar que detrás de muito sofrimento, na frente, há felicidade que nos espera de braços abertos!
Apropriar-se que devemos ter amor por nós mesmos, que tudo só melhora se acreditarmos em nós, se nunca perdermos a nossa fé, a nossa garra de viver!
Ah, não existem problemas sem soluções: basta que paremos um pouco, deixem os nossas melhores emoções fluírem tranquilamente...
Não é preciso temer mudanças! Se chegaram, é porque houve um término! E precisamos encarar isso!
Não é preciso pensar no material, somente no amor que há dentro de você!
E o mais importante de tudo: não se importar do que pensam de você, contrária a sua essência! O tempo é sempre a melhor resposta, e o bem sempre vence o mal!
Não é preciso também esperar grandes vitórias; pois essas, quando verdadeiras, pouco a pouco vão se achegando a nós!
*"A ação, forma o hábito" , por que então não adentrarmos em ações diferentes em nosso viver, mais edificantes, mais cheias de vida e de bem?
A sua proteção estará contida em você, quando realmente acreditar que existe um Telhado de Luz no grande ser que você é!
Por isso, leitores, não tenham medo de mudanças, de turbilhões que possam vir em seu viver! Sintam-se protegidos na imensidão dessa Luz protetora!


Feliz sábado, leitores!

Mariângela