domingo, 21 de outubro de 2012

DÉCIMA SEXTA HISTÓRIA INFANTIL

A CIDADE QUE CALOU A BOCA

Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br



HAVIA UMA CIDADE QUE SE CHAMAVA TAGARELA. SEU NOME ERA ASSIM PORQUE TODOS NESSA CIDADE FALAVAM MUITO! ERA SEMPRE MUITO BARULHO POR TODO LUGAR DA TAGARELA.
UM DIA CHEGOU UM PAPAGAIO NESSA CIDADE E COMEÇOU A REPARAR QUE TODOS FALAVAM MAIS QUE ELE. DESSA MANEIRA, ACHANDO INJUSTO TUDO ISSO, FOI ATÉ A UMA SERRALHERIA, COMPROU UMA TÁBUA GRANDE, DOIS PEDAÇOS DE MADEIRA MENORES E MAIS FINOS A FIM DE FAZER UMA PLACA NOVA PARA A CIDADE TAGARELA.

CHEGANDO EM SUA ÁRVORE, APRONTOU A PLACA COM UM NOVO NOME DA CIDADE: “CIDADE CALA A BOCA”  E PREGOU NA ENTRADA DA CIDADE DEPOIS DE TER RETIRADO A ANTIGA PLACA.

A MEDIDA QUE OS MORADORES COMEÇARAM A REPARAR O NOVO NOME DA CIDADE, FICAVAM TÃO TRISTES E IMPRESSIONADOS QUE REALMENTE CALAVAM A BOCA.
COM O TEMPO, A CIDADE FOI FICANDO SILENCIOSA E TAMBÉM MUITO TRISTE. E O PAPAGAIO, POR SUA VEZ, MUITO ALEGRE E MAIS FALANTE AINDA.
PASSADOS ALGUNS MESES, SÓ SE OUVIA A VOZ DO PAPAGAIO.
ELE FICAVA A CADA DIA MAIS EXALTADO, SENTINDO-SE O PAPAGAIO REI, O COMIGO NINGUÉM PODE, O CALA BOCA MESMO QUE SOU O MELHOR, O ESTOU PODENDO... E OUTROS TANTOS ADJETIVOS QUE PODERÍAMOS REGISTRAR AQUI.
UM DIA, UM DOS HABITANTES DA CIDADE CALA A BOCA, AVISTOU UM FURACÃO QUE VINHA CHEGANDO A CALA BOCA. VENDO O PERIGO A FRENTE, CORREU DE PORTA EM PORTA E COM UM BILHETINHO NA MÃO, TODOS LERAM: - VAMOS FUGIR! UM FURACÃO ARRASARÁ TODA CIDADE! 

E ASSIM, AS PESSOAS UNIDAS, FORAM FUGINDO DA CIDADE.
O PAPAGAIO, OLHANDO A CORRERIA DE TODOS, FALAVA SEM PARAR: - O QUE ACONTECEU, MINHA GENTE? MAS NINGUÉM RESPONDIA.
O HOMEM ATÉ MOSTROU O BILHETE A ELE, MAS COMO PAPAGAIO NÃO SABE LER, FICOU SEM ENTENDER NADA MESMO!
SÓ SEI CONTAR A VOCÊS QUE TODOS FUGIRAM, DE MENOS O PAPAGAIO.
SABEM O QUE ACONTECEU COM ELE? LEVOU TANTO SUSTO QUE PERDEU A VOZ PARA SEMPRE, POIS FICOU PREGADO NUMA PORTEIRA, TAMANHA A FORÇA DO FURACÃO.
QUANDO OS MORADORES VOLTARAM A CALA A BOCA, TROCARAM IMEDIATAMENTE A PLACA DA CIDADE PELA ANTIGA MESMO: TAGARELA.
TUDO COMEÇOU A SER COMO ANTES E O PAPAGAIO, VIVEU SILENCIOSAMENTE POR UNS 100 ANOS, POIS PAPAGAIO VIVE MUITO!
ASSIM TUDO FICOU BARULHENTO NOVAMENTE!

O PAPAGAIO APRENDEU A LIÇÃO: DEVEMOS RESPEITAR O TERRITÓRIO DE CADA UM E AS PESSOAS QUE ALI RESIDEM.
BEM, SÓ SEI QUE O PAPAGAIO SE CASOU E TEVE MUITOS FILHINHOS: CADA QUAL MAIS FALANTE QUE O OUTRO!
SABEM O QUE O PAPAGAIO FEZ? UMA PLAQUINHA NA PORTA DE SUA ÁVORE : AQUI MORA UMA FAMÍLIA FELIZ E  TAGARELA!


FIM



DÉCIMA QUINTA HISTÓRIA INFANTIL


O DRAGÃO, O MORCEGO E O  PATINHO

 


Autoras da História:
Maria Clara Reis Silva ( 8 anos )
Milena Reis Silva ( 5 anos)


Hoje a história foi feita pelas lindas crianças Maria Clara e Milena -(minha afilhada ), que enquanto brincávamos de olhar o céu e descobrirmos gravuras nas nuvens, inventaram essa história  com as gravuras de algodão que viram no céu: dragão, patinho e morcego!
A história é assim:


Enquanto Milena e Maria Clara olhavam o céu, descobriram bichinhos, nem tão bonzinhos no céu:

Um patinho distraído brincava com as nuvens do céu, quando o morcego Malzão olhou para ele e disse: - Eu vou te comer, patinho Bonzinho! E vai ser agora!
O patinho Bonzinho começou a gritar: - Socorro, mamãe patinha! Ajude-me, venha me salvar!
Mas o morcego falou: - Você não fugirá de mim! Antes de sua mãe chegar, eu vou comer você quer você queira ou não! Oh, oh, oh, oh...
Mas o morcego não contava com os olhos espertos do dragão Foguetão que observava com muita raiva ao ver a covardia do morcego com o patinho!
O dragão Foguetão começou então a produzir muito fogo através de suas narinas, pois estava cada vez mais nervoso!
Quanto mais o morcego ameaçava, mais  o patinho inocente sentia raiva  do dragão Foguetão e mais fogo saía de sua narinas!
Quando o morcego falou bem alto para o patinho: - Não adianta chamar pela sua mãe! Vou comer você agora! Ele não contava com a fúria do dragão Foguetão que começou a soltar fogos e mais fogo de suas narinas e com suas patas imensas corria atrás do morcego que voava gritando assim: -Socorro, mamãe morcega! Venha me salvar desse dragão maldoso, estou com muito medo!
O patinho Bonzinho começou a rir muito do morcego Malzão, dizendo:
-Bem feito para você! Isso é que dá ficar ameaçando os outros! Agora você sente na pele como é ruim amedrontar os outros ... E começou a gargalhar: - QUÁ ,QUÁ ,QUA ,QUÁ ,QUÁ!

O morcego Malzão voou por muito tempo de medo do dragão Foguetão.
É  claro que o dragão Foguetão só queria mostrar  ao morcego Malzão o quanto é errado fazer maldades com os outros! A gente deve sempre trocar as camisas – isto é: pensar que  se estivéssemos na pele do outro gostaríamos de passar pela mesma situação da pessoa, não é criançada?
E o morcego Malzão aprendeu a lição e nunca mais amedrontou ninguém.
Assim termina a história linda das duas pequeninas do meu coração.
Gostaram, crianças?


DÉCIMA QUARTA HISTÓRIA INFANTIL

O MENINO QUE QUERIA VER DEUS
Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva


Era uma vez um  menino que gostava muito de pensar Ele se chamava Leopoldo. E pensava tanto que um dia desejou ver Deus, conhecê-lo melhor, saber tudo sobre ele.
Perguntou a seus pais: - Como posso ver Deus?
- Deus, meu filho a gente não vê! Ele mora lá no céu, muito distante de nós!
- Mas nem se eu colocar uma escada bem grande não poderei conhecê-lo?
- Claro que não, é impossível uma escada tão grande assim meu filho! Vá brincar e deixe de pensar nisso. Faça suas preces que é a melhor forma de ver Deus.
... E o menino foi embora sem a resposta que tanto desejava!
Foi até a casa de um amigo e perguntou:
- Carlos, como faço para ver Deus?
- O que ? Mas que absurdo! Acha mesmo que é capaz disso? Ninguém nesse mundo da terra pode ver Deus, pois Ele é muito superior a nós, deixa de tolice. Vamos para o campinho jogar bola?
- Agora não, obrigado! Tenho que descobrir uma forma de ver Deus!
E saiu a pensar em uma solução.
Resolveu ir até uma Biblioteca e disse a bibliotecária: - Você tem um livro que me ensine em como ver Deus pessoalmente?
- Claro que sim, meu menino! Venha aqui que pegarei o livro pra você. Mas olhe, tem que cuidar muito bem dele, pois ele é antigo, tem várias instruções para ver Deus! Mas há uma borboleta dentro dele que se voar, voa com todos os ensinamentos... Você tem que cuidar muito bem dele, você me promete?
- Claro que sim Elisabeth, pode deixar comigo!
Elisabeth fez a ficha de Leopoldo e o menino saiu feliz da vida com o livro em suas mãos, só pensando em cuidar super bem dele.
Quando chegou em casa, na primeira página que abriu, viu a borboleta que batia suas asas já querendo voar.
Leopoldo ficou tão nervoso que deixou o livro cair e nesse tombo inesperado, a borboleta começou a voar! Ele segurou nas asas da borboleta - mas era tarde! ela voou para o céu junto com ele, que não largou suas mãos de suas asas. Leopoldo só pensava: - Nossa, estou perdido! Tenho que procurar não perder essa borboleta, senão nem sei o que pode aocntecer comigo!
De repente começou a sentir muito frio. Em sua preocupação nem havia notado que subira muito alto, e lá mais em cima no céu, era frio demais! Começou a reparar o céu fantástico a sua frente! Era lindo demais! Olhou para baixo e viu uma borboleta florida que dizia: Deus e a Primavera sempre estão em você! Sinta-o, apenas!

Foi subindo cada vez mais alto e percebeu que se esquecera de aproveitar a paisagem, o passeio e sentiu-se muito preocupado  por não aproveitar o que Deus lhe deu com tano amor!
Começou a pensar que nada poderia levá-loa Deus, apenas sentir unido a Deus  permanentemente...