Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
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Imagem- OuroPretinha e Fada Colina - Arte- Tiago Cunha
Olhando a chuva o pensamento cai...
E noto que na vida tudo se vai:
O hoje, o ontem e o que será!
Como água benta do céu a nos falar:
- Para sempre é o que sai...
Pois veja bem, seu ontem e depois:
Nada de concreto, apenas o que sentiu e fez
Resguardado pelo tempo que ainda não entende:
E pensa ser diferente, mas não o é:
Seu tempo, seu mundo - nada é único
Tudo num redemoinho de energias
Fluindo e deixando ser no agora apenas
Pois logo se vai - assim como a chuva que cai!
Ah, pra sempre... quem o entende?
Os amantes que prometem mais?
Os apaixonados que juram eterno amor?
A felicidade sentida para nunca se deixar escapar?
Pra sempre é apenas advérbio:
Guarde consigo somente esse conteúdo:
Pois a energia nunca permanece:
Tem que fluir pra poder existir!
A chuva que cai?
Até quando? - não será permanente
E nada do que vive, sente e pensa possuir
Também não será eterno!
Aprenda: no espaço do tempo
Só segundos, só instantes...
Como uma tela ligeira que logo em branco retorna
Para a arte exprimir diferente:
Feito sempre, mas somente gente:
Que passa, que vem, retorna
Em mil faces de alma em mil pulsares de amor:
E então retorna, progride, regride e imprime:
EM VIDA! Nada mais...
Caindo como chuva fina que aprecio
De minha janela de tempo do agora!
Feliz quarta-feira, leitores!
Mariângela