quinta-feira, 26 de abril de 2018

NUM CANTO DO FIRMAMENTO



Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela)9@yahoo.com.br
Imagem- Mariângela



Coração... Não se esqueça que bater é fácil - difícil é entrar no compasso passivo do amor!
Suas artérias  fazem parte da rede de comunicação com outro coração: assim, se bater em ritmo certo, nada poderá perder da vida!
Coração... Não se exalte demais com o que o mundo nos provoca: ele é apenas uma experiência de paciência... por isso, volte a seu ritmo lento de paz...
Coração, negue tudo o que provocar exaustão: pessoas negativas, ambientes que causam êxtase ao que nada o acrescente, desamor, falsidade, ignorância, receios, violências... Há de ocupar esse lugar somente quem verdadeiramente o amar!
Coração... Há tempos bate tão acelerado, sem paz, sem lógica, sem carinho no pulsar: agora chegou a hora de enfim, desabrochar: para um outro amor, um querer ficar, um eternizar!
Não se negue a acreditar que sempre há tempo para um verdadeiro amar...
Não se negue a enxergar em outros olhos um recomeçar...
Não se negue a se atrapalhar, se as palavras não falam , mas o pensamento corre atrás...
Não se negue a perceber que os dias são mais lindos, as noites tão encantadoras
Se a alma enxerga o firmamento como uma constelação de contentamento...
Não se negue a perceber que tudo mudou, que agora passou
E o ontem já era... enfim, você renovou!
Não se negue a escutar o silêncio de outra vida que chegou para ficar
E fazer morada em seu peito pra nunca mais necessitar se apressar...
Coração... Que bate agora sereno e só dispara um pouco
Quando ouve, bem distante, o outro coração dizer:
- Espere um pouco mais, que eu espero por você!
Coração, o amor acontece assim: de forma que ninguém pressente,
De um jeito assim tão diferente que até mesmo a gente sente
Que pode tornar a sorrir em meio a tantos conflitos
nesse mundo em desajuste que nos faz assim sofrer...
Mas baste de longe, ouvi,r as batidas de outro coração
E sentir que ainda assim, escuta o bater do nosso
Na lembrança que sem ele, batemos em solidão...
Mas ao ouvirmos no silêncio 
De quem consegue escutar o outro bronze chamando,
Vem pra mim, quero te amar
Que a alma reluz num canto que só estrelas sabem brilhar...
E a lua, tão romântica, consegue nos convidar
Num canto do firmamento, para assim, poder amar
Na noite que abre seu manto 
Pra corações poderem se amar, sem ninguém pra perturbar!



Boa noite, de quinta-feira, leitores!

Mariângela