terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O QUE HÁ NO SONHO EXISTE!



Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva

Ontem: meditando após aula de Yoga. Olhos fechados, no centro de mim mesma, as percepções chegavam – o tempo e o estar ali, no Agora!
De repente, a recordação de  um sonho que vivi ano passado, onde um homem de estatura média, moreno ambo, com um sorriso quase que escondido, olhando no fundo de meus olhos, sorrindo mais com os olhos que com os lábios, aproxima-se  de minha cama, e com seu dedo indicador, pressiona no meio de minha testa, entre meus olhos. O perfume de suas mãos posso sentir até hoje a me recordar desse momento: - um perfume doce, profundo, que predominava o ambiente do quarto...
Rapidamente, sua mão escapou de minha testa e sentindo uma leve dor visualizei pouco a pouco o visitante de meu sonho se esvaindo pouco a pouco.
Assustada, acordei meu esposo, com um medo estranho, pois parecia tão real... E foi – a testa ficou marcada, afundada, meu esposo visualizando a marca no meio de minha testa, pediu para que olhasse no espelho.
Rapidamente  corri ao banheiro e vi a marca aprofundada no meio de minha testa – foi real, nada mais! Um sonho que não foi um sonho – uma realidade!
Muitos meses se passaram... Já havia me esquecido desse real acontecimento; contudo ontem, em meditação durante a aula de Yoga, esse homem visitou-me novamente... De olhos fechados, comecei a sentir um perfume que já conhecia... E lentamente fui lembrando-me de meu sonho... A medida que meu instrutor de Yoga ia nos direcionando com sua voz pausada e calma a meditação, o lugar onde escutava “Juninho”direcionar a todos nós durante a meditação,  em um local de meditação, com monges, no meio de uma mata, lá estava o homem com seu perfume doce, sua pele cor de jambo, seu sorriso escondido nos lábios e sorriso aberto nos olhos...
A cada escutar de nosso instrutor de Yoga para estar no aqui e agora e não desviar sua atenção, podia crer firmemente que estava realmente no “aqui e agora”! Era incrível ver tudo aquilo de olhos fechados, mas conectada a meditação e sentir e enxergar o olhos rindo daquele homem ( penso ser um monge), a me direcionar nos caminhos do meditar! Sim, pensei: ele veio de lá! – No dia de meu sonho real e durante a meditação! Qual a razão não consegui ainda descobrir – mas ontem não tive medo algum como na noite em que acordei e tive  medo... Havia calma, um encontro que parecia de velhos amigos...
Não se aproximou de mim – contornou calmamente com seus pés descalços toda a sala de Yoga... Seu perfume pairou sobre minhas narinas... Sabia que estava ali, Percebia sua presença- longe de mim, mas perto de muitos praticantes de Yoga...
Pouco a pouco, todo o universo de meditação daquela  segunda feira foi uma junção do “aqui e agora” na “grota de meditação” imaginada por mim ( ou vivida?) durante a sessão de meditação.
Ele esteve comigo, conosco! E surgiu do cantinho da meditação, da grota linda no meio da mata, mesclada por dois momentos verdadeiros: o da meditação no  Yoga e o templo de meditação desse monge que surgiu novamente em meu viver!
Ao som das instruções de Afonso Júnior um sonho apareceu real: quem foi, porque apareceu, quais as mensagens de tudo isso ainda não sei responder – mas esse lugar existe, esse homem também.
Mas não se pode ainda fotografar o que se vê através das retinas de seu pensamento... Caso contrário publicaria hoje minhas fotos em meu Blog.
Imagino que deixou no dia “que sonhei” minha testa marcada para comprovar sua existência real naquela noite. Permitiu também que meu esposo visse e ao acordarmos novamente, vermos ainda a marca profunda e avermelhada em minha testa.
E ontem, permitiu que primeiramente, o perfume de óleo doce trouxesse novamente a memória  viva de sua presença – e depois o seu local de meditação, a sua visita a todos os Yogues e se foi como de costume – suavemente, sem alarde, na paz – e deixou-nos em paz ...
Após a meditação, um sono leve percorreu meu ser – mesmo já assentada, necessitava fechar meus olhos, como um agradecer sereno... Baba Nam  kevalam!


Não poderia deixar de escrever esse momento tão repletos de ensinamentos que aconteceu comigo e com todos os que estavam lá – mesmo que não perceberam nada, foram parte desse acontecimento – um elo de serenidade e Luz!

Feliz terça feira, leitores!
Namastê!
Mariângela