segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DÉCIMA NONA HISTÓRIA INFANTIL

OS BORDADOS ENCANTADOS

Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br

A vovó Deolinda sempre gostou de bordar! Suas mãos de tão treinadas fazem gestos leves e graciosos no ar e de encontro ao pano: um ballet de mãos experientes!

 As pessoas não sabem é que os bordados da vovó são encantados - de tanto amor que põe nas mãos ao bordar...
Vovó Deolinda a cada rococó, meio ponto, ponto corrente que faz põe  magias nos bordados.
Um dia, bordou uma flor e uma borboleta pertinho da florzinha... Ficou uma pano de fogão lindo!

Uma vizinha gostou do pano e o comprou para sua casa. E sabem o que aconteceu? Maria foi logo colocando o pano em seu fogão. Depois saiu de sua cozinha para molhar as plantas de seu jardim. Não é que a borboleta bordada criou vida e foi até ao jardim de Maria conhecer suas flores?

Maria levou muito susto, porém com o passar dos dias, quando olhava para o pano e não via mais o bordado da borboleta, nem se importava mais, pois sabia que ela voltaria para o pano...
Há outros registros que poderia  contar, mas contarei apenas mais esse : 
Vovó Deolinda bordou um casaquinho de neném que ficou tão gracioso...
O bebê Caio, quando ficava chorando de dor de barriga, sabe o que acontecia? A chupeta bordada no casaquinho também criava vida e ia parar na boquinha no neném e logo ele se acalmava... Como era confortante para a mamãe de Caio...
Vocês já sabem agora o segredo da vovó Deolinda, mas nesse segredo há uma bela mensagem: tudo o que fizermos tem que possuir amor, paciência e leveza de coração, pois o amor é capaz de fazer lindos encantos!

Experimente a tudo fazer com amor! Verá pouco a pouco em sua vida  mágicas acontecerem!

Boa noite, crianças!

Mariângela



DÉCIMA OITAVA HISTÓRIA INFANTIL


Um oceano diferente
 
 

Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva



Gláucia é uma criança que sempre fica perguntando muitas coisas a todo mundo! Também, inteligente como é isso é muito natural. Quem deixa de perguntar o que deseja conhecer, perde grandes oportunidades, não é mesmo?

Por isso, criança, pergunte sempre tudo o que quiser conhecer melhor.

Um dia, Gláucia quis descobrir mais sobre oceanos. Agora já sabe  que oceano é um corpo principal  da água salina e um componente principal da hidrosfera. E também que 71%  da superfície da terra  é coberta pelo oceano. E mais ainda: que  os oceanos são :


 

Mas Gláucia quis inventar um outro oceano, pode uma coisa dessa ?

Como a imaginação de todo mundo é muito grande, Gláucia vestiu seu maiô, foi até a piscina de sua casa e começou a fazer seu próprio oceano.

Colocou no fundo da piscina algumas conchinhas que trouxera da praia em seu último passeio nas férias.
 

Levou também peixinhos de plástico que ficaram perfeitos, como de verdade, representando assim os peixes no oceano.
 

Recortou de EVA  verde as algas que existem no mar, colocou com umas pedras por cima do EVA no fundo da piscina. Ficou igualzinho!
 

Quando foi representar o  oceano, ficou pensando um tempão em como faria... Mas, pegou um lençol velho que sua mãe lhe entregou e o pintou todinho de azul, fez um sol no fundo, pintou de outro tom de azul representando o mar, e ficou lindo seu oceano! O mais novo oceano da Terra!
 

Só faltava mesmo o nome do Oceano. Leu novamente o nome de todos os oceanos e decidiu qual seria o nome do seu oceano:

OCEANO GLÁUCICO PISCINAL: Um nome muito bem apropriado, pois seu nome é Gláucia e o seu oceano é particular – em uma piscina!

Fez assim uma placa com o nome de seu oceano e chamou todos seus amigos para nadarem com ela em seu oceano particular!

E você, criança, pode fazer seu oceano. Se não tem piscina,faça-o em  um uma bacia,  balde, tanque, o que sua imaginação permitir! Mas aproveite a infância, pois é esta sua fase de grandes descobertas!

Beijocas,

Mariângela

DÉCIMA SÉTIMA HISTÓRIA INFANTIL




O VIOLÃO QUE FALAVA DEMAIS

 

Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva


 

Numa fazenda, dessas  que tem gado, galinha, moinho , plantação e vida de muito trabalho na roça , havia um trabalhador rural que gostava de plantar, colher, cuidar dos animais – mas que também era um violeiro de mão cheia! Tocava violão como ninguém! Todas a tardes, quando o sol caminhava para as montanhas, pegava no violão e tocava com os amigos até tarde da noite!

Como  Milton gostava de se reunir com os amigos e além de tocar violão, ficar proseando com todos a fim de colocar as notícias em dia, tinha uma lei nesses bate papos que todos respeitavam: ninguém comentava nada depois do que era falado! Fofoca não poderia existir, pois havia muito respeito entre todos!

Uma noite, depois de longos papos, foi dito que Luís, um morador das redondezas, havia desistido de trabalhar. Dissera que trabalho não era com ele e que não iria mais pegar no batente.

Todos acharam aquilo um absurdo, mas como de costume , saíram de lá do encontro com o violeiro de boca fechada.

No dia seguinte, quando se levantaram para trabalhar na roça,  notaram que todos já sabiam da notícia pela redondeza! Todos ficaram impressionados com a preguiça do morador!

Quando o dia terminou, no encontro de sempre com Milton, houve uma reunião antes da cantoria para saber quem havia espalhado a notícia!

Depois de todos serem interrogados, descobriu-se que ninguém havia falado nada! Mas como poderia ter acontecido isso?
 

O fato é que Milton realmente ficou com a pulga atrás da orelha e desconfiado de todos , é claro!

O violeiro tocou seu violão, os amigos cantaram muito e chegou o momento de botar as notícias em dia!

Milton resolveu inventar uma mentira a fim de descobrir quem estava fofocando após os encontros, assim  o autor ou autora das fofocas seria desmascarado.

Milton falou: - Gente, vocês sabiam que existe um sapo luminoso que sempre sobe naquela montanha perto do coqueiro maior e fica cantando lá toda noite?
 

Todos disseram : - É mesmo? Mas como não nos contou nunca essa história?

- É que tem coisa que a gente vai deixando passar mesmo, mas como confio em todos vocês, contei! E agora, tenho que fazer um pedido: - Ninguém pode ir lá em cima, senão o sapo se desencanta e ele é necessário para nossa população! Quem vai manter essa palavra, que levante o dedo.

Todos levantaram o dedo e depois foram para suas casas a fim de descansarem

Milton suspirou e pensou: Hoje descubro o autor dessa fofoca, ficarei escondido atrás de uma árvore e descobrirei tudo!

Assim fez Milton, escondendo-se no meio de um matagal onde ficava uma árvore e esperando o fofoqueiro ou fofoqueira da roda de violão.

Lá pelas 23 horas ( onze horas da noite ), Milton teve uma grande surpresa! Não é que quem foi ver o sapo luminoso foi o Sr. Violão? Sim, o violão era o fofoqueiro maior dos encontros!

Milton nem acreditou no que vira! Também pudera, o violão com aquela boca imensa, falava por todos os lados!

Milton teve uma ideia :-No outro dia, na reunião violeira costumeira, todos se espantaram com o  instrumento que Milton tinha nas mãos: um violino ao invés de um violão!
 

Milton trocara seu violão por um violino! Todos ficaram muito curiosos querendo saber o porquê que  Milton trocara um instrumento que o acompanhara por tanto tempo!

Milton então começou a explicar: - Gente, decidi trocar meu instrumento por um motivo só: quem era o autor de fofocas era meu companheiro musical de tantos anos, o violão!

Todos disseram em coro : - Não!!

- Infelizmente é a verdade! Por isso, como castigo, deixarei meu violino por três meses descansando e pensando no ato incorreto que cometeu! Depois, se ele se redimir, voltaremos a moda de violão. Para o momento, a roda agora é de violino! Vamos cantar minha gente, pois a vida é pra gente ser feliz!

No outro dia, toda população falava só do sapo luminoso! Foi uma verdadeira notícia bombástica! E Milton que não era bobo nada, aproveitou a reunião noturna na montanha para fazer sua roda de violino ali mesmo, em pleno luar e com a natureza exuberante que lá existia!

Foi uma roda de violino linda e com toda população rural! Milton nem desejou falar sobre a fofoca do violão e que era tudo mentira: era uma oportunidade de reunir todo mundo e de mostrar as pessoas que o melhor da vida é a amizade verdadeira, a boa música e a prosa descompromissada e sem fofoca!

 

 

FIM