Por-
Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
Ontem:
meditando após aula de Yoga. Olhos fechados, no centro de mim mesma, as
percepções chegavam – o tempo e o estar ali, no Agora!
De
repente, a recordação de um sonho que
vivi ano passado, onde um homem de estatura média, moreno ambo, com um sorriso
quase que escondido, olhando no fundo de meus olhos, sorrindo mais com os olhos
que com os lábios, aproxima-se de minha
cama, e com seu dedo indicador, pressiona no meio de minha testa, entre meus
olhos. O perfume de suas mãos posso sentir até hoje a me recordar desse
momento: - um perfume doce, profundo, que predominava o ambiente do quarto...
Rapidamente,
sua mão escapou de minha testa e sentindo uma leve dor visualizei pouco a pouco
o visitante de meu sonho se esvaindo pouco a pouco.
Assustada,
acordei meu esposo, com um medo estranho, pois parecia tão real... E foi – a testa
ficou marcada, afundada, meu esposo visualizando a marca no meio de minha
testa, pediu para que olhasse no espelho.
Rapidamente corri ao banheiro e vi a marca aprofundada no
meio de minha testa – foi real, nada mais! Um sonho que não foi um sonho – uma realidade!
Muitos
meses se passaram... Já havia me esquecido desse real acontecimento; contudo
ontem, em meditação durante a aula de Yoga, esse homem visitou-me novamente...
De olhos fechados, comecei a sentir um perfume que já conhecia... E lentamente
fui lembrando-me de meu sonho... A medida que meu instrutor de Yoga ia nos
direcionando com sua voz pausada e calma a meditação, o lugar onde escutava “Juninho”direcionar
a todos nós durante a meditação, em um
local de meditação, com monges, no meio de uma mata, lá estava o homem com seu
perfume doce, sua pele cor de jambo, seu sorriso escondido nos lábios e sorriso
aberto nos olhos...
A cada
escutar de nosso instrutor de Yoga para estar no aqui e agora e não desviar sua
atenção, podia crer firmemente que estava realmente no “aqui e agora”! Era
incrível ver tudo aquilo de olhos fechados, mas conectada a meditação e sentir
e enxergar o olhos rindo daquele homem ( penso ser um monge), a me direcionar
nos caminhos do meditar! Sim, pensei: ele veio de lá! – No dia de meu sonho
real e durante a meditação! Qual a razão não consegui ainda descobrir – mas ontem
não tive medo algum como na noite em que acordei e tive medo... Havia calma, um encontro que parecia
de velhos amigos...
Não se
aproximou de mim – contornou calmamente com seus pés descalços toda a sala de
Yoga... Seu perfume pairou sobre minhas narinas... Sabia que estava ali, Percebia
sua presença- longe de mim, mas perto de muitos praticantes de Yoga...
Pouco
a pouco, todo o universo de meditação daquela segunda feira foi uma junção do “aqui e agora”
na “grota de meditação” imaginada por mim ( ou vivida?) durante a sessão de
meditação.
Ele
esteve comigo, conosco! E surgiu do cantinho da meditação, da grota linda no
meio da mata, mesclada por dois momentos verdadeiros: o da meditação no Yoga e o templo de meditação desse monge que
surgiu novamente em meu viver!
Ao som
das instruções de Afonso Júnior um sonho apareceu real: quem foi, porque
apareceu, quais as mensagens de tudo isso ainda não sei responder – mas esse
lugar existe, esse homem também.
Mas
não se pode ainda fotografar o que se vê através das retinas de seu
pensamento... Caso contrário publicaria hoje minhas fotos em meu Blog.
Imagino
que deixou no dia “que sonhei” minha testa marcada para comprovar sua
existência real naquela noite. Permitiu também que meu esposo visse e ao
acordarmos novamente, vermos ainda a marca profunda e avermelhada em minha
testa.
E
ontem, permitiu que primeiramente, o perfume de óleo doce trouxesse novamente a
memória viva de sua presença – e depois
o seu local de meditação, a sua visita a todos os Yogues e se foi como de costume
– suavemente, sem alarde, na paz – e deixou-nos em paz ...
Após a
meditação, um sono leve percorreu meu ser – mesmo já assentada, necessitava
fechar meus olhos, como um agradecer sereno... Baba Nam kevalam!
Não
poderia deixar de escrever esse momento tão repletos de ensinamentos que
aconteceu comigo e com todos os que estavam lá – mesmo que não perceberam nada,
foram parte desse acontecimento – um elo de serenidade e Luz!
Feliz
terça feira, leitores!
Namastê!
Mariângela
Baba Nam Kevalam! Já recebi a mesma visita enquanto dormia. Marcou minha testa com a ponta do dedo. Outra vez voltou, fizemos uma viagem em um mercado indiano e em um templo de Ganesha. São pessoas iluminadas, guias que já passaram pela vida como estamoshoje e agora nos auxiliam ! Só termos sensibilidade para nos conectarmos com eles !
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