segunda-feira, 6 de maio de 2013

PEÇA TEATRAL PEDAGÓGICA PARA DIA DAS MÃES





“A vida só é possível reinventada”
Cecília Meireles

“POR OBRAS DE TANTAS MÃOS”
Autora – Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
dmariangela09@yahoo.com.br

“A alma humana é como a água: ela vem do Céu e volta para o Céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e vir.”



Entra uma menina, segurando um jarro dizendo: - “Antigos gregos : a argila como síntese, segue o mesmo ciclo de muitos anos:
Entram mais três alunos : (falando juntos):
TERRA - ÁGUA - AR – FOGO
O aluno que fala terra, com uma peneira nas mãos cheia de terra, vai aos poucos jogando a terra sobre o chão, dizendo em seguida: “A terra é um dom de Deus e todos , homens e mulheres , tem direito a ela, segundo o direito natural.. Então a terra deve servir para toda a sociedade, e todos, indistintamente, devem viver dela e dos seus frutos” (Frei Anastácio)

O aluno ( ou aluna) que falar sobre a água, trará uma bacia nas mãos, cheia de água  e cantará, molhando suas mãos suavemente enquanto fala:
Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
Depois,  começa a cantar “Àgua que nasce da fonte, serena do mundo, onde brota um profundo grotão. Terra, planeta água!....
Entra em seguida um aluno ou aluna que expressará o ar: com um balão, soprando e depois esvaziando-o, demonstrando ao público o ar, dizendo:
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.
Cecília Meireles, “Discurso”
E nós, aqui somos artesãos! Dependemos da terra,água , ar, fogo!
Nossa matéria prima é o barro!
Todos esses artistas recuem-se para trás do palco e entra em cena uma menina,(ou menino) cantando:

Marcelo Dias e Fabiana
A História do Barro


Pobre do barro, seu mundo era um lamaçal,
Sua matéria prima era o pó, de olhar pra ele dava dó.
Que futuro o barro tem?
Pobre do barro, que serventia que ele tem? Pra muitos não vale um tostão,
Só serve pra sujar a mão ou pra sujar os és de alguém.
E quem passava ria dele; cuspia e pisava nele, Uma história de humilhação,
A sua casa era o chão, a terra fria sua prisão.
Mas um dia o oleiro, quem é que podia prever,
Decidiu fazer um vaso. E o barro feio ele foi ver. Tomou o barro pra moldar e o barro sem entender nada
Começou a tornar-se vaso. Não era obra do acaso, era obra-prima do oleiro. Depois de tudo foi queimado, fogo faz toda diferença,
E o barro feio e sem futuro, Que residia num monturo agora é um vaso de presença.

Agora o vaso vive cheio, tem azeite até pra dar.
Gosta de estar entre os vasos. Tem prazer em transbordar.
O oleiro só não admite que ele esqueça de onde veio se não ele será quebrado.
E se você é como eu que fica emocionado ao ouvir o que cantei; A linda história do barro, como então não ficará ao ouvir o que declaro; o barro feio e sem futuro, Que residia num monturo, era você e era eu!

E o oleiro que põem a mão no barro sem se sujar se chama Jesus, Que morreu numa cruz só pra nos transformar em vaso de presença, Em vaso cheio de unção, usado pelas mãos... pelas mãos do oleiro.

Entra uma aluno,  com flores nas mãos, para ofertar a menina  que molda com argila um jarro. O menino dança em volta da menina, e enquanto ela molda o jarro, sorri,  observa-o, até que o menino a pega pelas mãos, ainda cheias de barro, passa-as em seu rosto, sujando e pegando o vaso, coloca as flores  lá dentro e saem a bailar pelo palco afora até a música acabar.



Outra música:

Argila
Uganda, cubana, ipanamana, baiana, luanda, nada ruanda, kinshze, manga, banana
Vinha rindo e circulando
Sobre tudo o cobertor
Do teu olhar verreu meus olhos
E do teu olho joio
Uma gota de orvalho
Que era vidro se quedou
Vivendo em despedace
E o coração coador
Sorriu vexado de amargor e se pintou
Com a lama da lagoa pra à toa correr ê ê ê ê ê
Uganda, cubana, ipanamana, baiana, luanda, nada ruanda, kinshze, manga, banana
Se for feito de argila
Seis enfeites de darei
Flores não andam em dúzia
Só foi uma que eu robei
Sorriu vexado de amargor e se pintou
Com a lama da lagoa coa voa
Ê zuzuê
Ê zum zum zum
Ê zuzuê
zum
Entra uma menina, representando Cecília Meireles, dizendo uma frase da escritora: “A vida só é possível reinventada”
Assim, a argila que pode ser encontrada próxima de rios, muitas vezes formam barrancos nas margens.
A argila natural foi aquela que foi extraída e limpa, assim pode ser utilizada em seu estado natural, sem a necessidade de adicionar outras substâncias...
Com a argila, podemos fazer flores, vasos, e também cuidarmos de nossa pele, pois a argila é de origem mineral que possui compostos derivados de alumínio,. É coletada diretamente do solo e por isso faz tão bem a nossa pele!
A você, mãe que moldou minha vida tão bem, ofereço-lhe esse trabalho artesanal que fiz com argila, para comprovar que só o amor molda no tempo e  no coração os verdadeiros laços de uma mãe para filho (a).
Obrigada, mãe, por você  existir!
A todas as mães do mundo, que continuem moldando em seus lares a paz, harmonia e amor ! Feliz Dia das Mães!





Sugestão:
Professores de História podem trabalhar o processo e a história  de argila e os professores de /rtes também. 
Espero que apreciem, leitores! Boa noite!

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